segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Vargulf (Hemlock Grove)

               Já faz um tempo que eu indiquei lá na página a série Hemlock Grove e o que mais percebi é a dúvida de vocês quanto ao Vargulf, que é uma das maldições dos lobisomens da série.
Vargulf
Muita gente me questionou sobre o que seria um Vargulf, e de onde surgiu o termo.
Pois bem, a verdade é que não é um termo científico da licantropia, é apenas ficção, foi criado em especial para essa série.






     Mas tudo bem, eu vou tentar explicar para vocês o que seria um Vargulf. 
     Todos os ciganos que carregam a maldição têm de se transformar na época correta, pois pelo o que eu entendi, se eles se transformam três vezes na lua errada, o corpo vicia na transformação, assim como vicia em drogas, essa transformação "errada" funciona como um narcótico, quanto mais você fizer aumenta as chances de ser irreversível, caso isso venha a acontecer a pessoa não tem mais consciência do que faz, e acaba se tornando apenas mais um animal feroz e sedento por sangue, que vive apenas para matar, um ser irracional, dá para usar como exemplo William e Lucian de anjos da noite...






Lucian é um Lycan, uma espécie totalmente evoluída, pensante e com a capacidade de se transformar e reverter a transformação quando bem quiser, capaz de seguir ordens e pensar por si próprio.














Já William é uma besta original, um ser "primitivo" incapaz de pensar e agir, não consegue reverter sua transformação e ataca por instinto de predador.
























             Percebam que há inclusive uma semelhança entre a transformação "correta" de Peter e a sua transformação em Vargulf, com os lycans e William, percebe-se que quando a maldição atinge um certo ápice, ambos os animais são brancos (ainda não entendi muito bem esse motivo mas vou dar uma estudada).


Percebam que aqui é a transformação "normal".










E aqui ele já se tornou um Vargulf.






           É mais ou menos isso o que posso dizer até aqui galera... Essa "espécie" de lobisomem é bem fictícia, foi criada especialmente para a série Hemlock Grove.



segunda-feira, 20 de junho de 2016

A Besta de Gévaudan

Besta de Gévaudan (em francês Bête du Gévaudan) foi um animal feroz que aterrorizou a região francesa de Gévaudan no final do século XVIII. Do ponto de vista histórico, o animal é comprovado, tendo sido documentados os ataques, os corpos das vítimas, os sobreviventes descreveram o animal que os atacou, havendo registros de que o animal foi caçado, morto e teve seu corpo exibido na corte de Luís XV.
Segundo as descrições, sua pele tinha um tom avermelhado, e foi dito emitir um odor insuportável. Ele matava suas vítimas rasgando suas gargantas com os dentes. O número de vítimas varia de acordo com fonte. De Beaufort (1987) estimou 210 ataques, resultando em 113 mortes e 49 feridos, 98 das vítimas mortas foram parcialmente comidos. Em 1764 uma jovem foi atacada por uma fera na floresta de Merçoire, proximo de Langogne, na França. Apesar de ferida, e descreveu nos seguintes termos o monstro: "grande como um bezerro, peito largo, pescoço robusto, orelhas eretas, focinho de galgo, boca negra com dois dentes laterais longos e afiados, cauda franjada e uma lista branca que vai do alto da cabeça à extremidade da própria cauda. Move-se dando grande saltos".

Gévaudan, zona que pertence a Languedoc (sul da França), foi desde sempre uma zona onde os ataques de lobos aos rebanhos eram frequentes. Porém, em 30 de junho de 1764 e pela primeira vez, uma jovem de 14 anos (Jeanne Boulet) é assassinada perto de Langogne, uma povoação pertencente ao departamento francês de Lozère. E depois dessa primeira vítima seguiram outras, tratando-se sempre de jovens (curiosamente, nenhum dos homens mortos passava dos trinta e seis anos) e mulheres, cujos corpos se encontravam mutilados com uma violência desconhecida até então, decapitadas ou estripadas . Logo segue uma extensa lista de ataques.
Foram feitas na região numerosas investidas para caçar o animal, organizadas muitas vezes por nobres da zona, como o Marquês de Apcher ou o Conde de Morangias, mas sempre sem resultado. As notícias dos ataques da "besta" acaba chegando até a Corte, em Paris, e o rei Luís XV vê-se obrigado a responder de algum jeito às demandas cada vez mais insistentes dos camponeses , apesar de estar totalmente imerso na guerra pelas colônias da América contra a Inglaterra, pelo que decide oferecer seis mil libras de recompensa a quem matasse a besta.
Em 21 de setembro de 1765, foi abatido um grande animal que foi identificado como a “Besta”, por Antoine de Beauterne Marques . Este animal pesava 64 quilos, tinha 87 centímetros de altura e 183 centímetros de comprimento total. O lobo foi chamado de Le Loup de Chazes. Antoine oficialmente declarou: "Nós declaramos pelo presente relatório, assinado por nossas mãos, que nunca vimos um lobo tão grande que poderia ser comparado a este, é por isso que nós estimamos esta poderia ser a besta temível que causou tanto dano." O animal foi empalhado e enviado para Versalhes, onde Antoine foi recebido como um herói, recebendo uma grande soma de dinheiro, bem como títulos e prêmios. Entretanto, em 2 de dezembro do mesmo ano, foram relatados novos ataques a duas crianças que ficaram gravemente feridas. Dezenas de casos de ataques foram novamente relatados.

O assassinato da segunda criatura que, eventualmente, marcou o fim dos ataques é creditado a um caçador local, Jean Chastel , que a deu um tiro durante uma caçada organizada por um homem nobre local, Marquis d'Apcher, em 19 de junho de 1767. Segundo os dados da época, este animal pesava 58 quilos, e foi morto com uma bala de prata benzida por um padre, sendo este o primeiro registro desse tipo de caçada, depois popularizada nas buscas ao lobisomem. Ao ser aberto, no estômago do animal foi comprovado que continha restos humanos. Então eles chegaram a uma conclusão, a besta era um Loup-Garou, ou em outras palavras um lobisomem, que na maioria das vezes comia as suas vitimas, tanto homens como mulheres, sem preferência.


Criptozoologia

Certos criptozoologistas sugerem que a Besta poderia ser uma reminiscência de um mesoniquídeo, observando como algumas testemunhas descreveram o animal, como um lobo enorme com cascos ao invés de patas e era maior do que qualquer lobo de tamanho normal.
Em outubro de 2009, o canal History exibiu um documentário chamado A Real Wolfman, que argumentou que era um animal exótico na forma de uma hiena asiática, uma espécie de pelos compridos de Hyaenidae agora extinta na Europa.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

As duas faces da LICANTROPIA.

No folclorelicantropia é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma em um lobo.
Em psiquiatria, é um distúrbio onde o indivíduo pensa ser ou ter sido transformado em qualquer animal. 
O termo provém do grego lykánthroposlýkos ("lobo") + ánthrōpos ("homem").

Licantropia folclórica

 lobisomem é um ser lendário, com origem em tradições europeias, segundo as quais um homem pode se transformar em lobo, ou em algo semelhante a um lobo, às 21 horas de sextas-feiras de lua cheia, só voltando à forma humana novamente quando o sol nasce.
Red Riding Hood
Underworld
Tais lendas são muito antigas e encontram sua raiz na mitologia grega que relata histórias como as de Licaão ou de Damarco de Parrásia, as quais provavelmente foram influenciadas por casos reais de licantropia clínica e/ou porfiria.
Rei Licaão

Damarco


Tais lendas encontram raízes na cultura da Europa Oriental principalmente, na cultura dos povos eslavos. Segundo essa cultura o primeiro grande licantropo ou o eulicantropos era um Grand Duke de Podgorica, atual capital de Montenegro. Esse Grand Duke era Victor Kruschev II, segundo as lendas ele foi convocado a lutar do lado do Império Sérvio contra a opressão Austro-Húngara, em troca ele receberia autonomia sobre sua região.
Como ele e seu exército eram grandes guerreiros que se aproveitavam do relevo montanhoso para lutarem nas partes altas para as partes baixas e principalmente a noite para se aproveitarem das circunstâncias nasceram as primeiras lendas de licantropos habitarem montanhas e atacarem vilarejos à noite.
As pessoas conhecem o licantropo na forma humana através de comportamentos estranhos, como mudança de comportamento, misteriosa e quase sempre com olhos cansados(olheira), o licantropo na forma humana é uma pessoa muito atenta as outras, sempre desconfiando de tudo como por exemplo, tem muito medo de ser descoberta a humanidade que é uma aberração, porém é muito protetora em forma humana.
Também ao redor de Victor nasceu uma lenda de que nas noites de lua cheia ele retirava sua armadura para lutar se transformando em um grande lobo com poderes sobrenaturais. As lendas licantrópicas foram vastamente difundidas pelo Império Austro-Húngaro, pois este via que essas lendas criavam esperanças de libertação para as tribos eslavas as quais o Império dominava, porém sem sucesso, pois muitas famílias de eslavos no mundo todo inclusive no Brasil carregam em seus sobrenomes, nomes que fazem alusão a grandes eulicantropos que marcaram a história. Os últimos casos de licantropia foram em 1817 e 1832.

Licantropia clínica



No distúrbio psiquiátrico da licantropia, acredita-se que exista um transtorno do senso de identidade própria segundo a definição de Scharfetter. É encontrado principalmente em transtornos afetivos e esquizofrenia, mas pode ser encontrado em outraspsicopatias. Psicodinamicamente, pode ser interpretado como uma tentativa de exprimir emoções suprimidas, especialmente de ordem agressiva ou sexual, através da figura do animal, que pode ser muito variado (lobo, cachorro, morcego, cavalo, sapo, abelha etc.). A psicoterapia e/ou o uso de medicação neuroléptica podem se mostrar efetivos.



quinta-feira, 26 de maio de 2016

Nova página

   Boa tarde Galerinha, 
é com muita alegria que venho informar que agora o blog terá páginas falando sobre filmes,
e para essa estreia nada mais justo que falar sobre o filme The Wolfman de 1941, que como muitos já devem saber é um dos meus filmes favoritos.







Clique aqui para ser direcionado para a página.

domingo, 22 de maio de 2016

Quatro formas de alguém se tornar um Lobisomem

>Pela própria maldição, resulta em o que é chamado de Lobisomem Alpha, que pode ser visto como o primeiro Lobisomem de uma grande família. O desafortunado indivíduo ganha a perversa maldição por ter desafiado ou destruído um poderoso mago. Ele irá perceber que está amaldiçoado na primeira noite de lua cheia, depois do encantamento. A primeira metamorfose é a mais traumática e uma completa surpresa.


Uma das transformações mais dolorosas que eu já vi, doeu até em mim sério kkkkk

>Transmissão hereditária devido ao fato da criança do Lobisomem obter a mesma maldição de seu pai ou mãe. É exatamente o mesmo resultado de ser mordido por um Lobisomem. Se um Lobisomem decidir transmitir a maldição para outra pessoa, é suficiente que ele a morda. Mas normalmente, o Lobisomem irá considerar muito cruel amaldiçoar alguém dessa forma, então escolherá matar e devorar a vítima.



Pra quem assistiu a série Hemlock Grove deve-se recordar que o nosso protagonista Peter Rumancek teve sua maldição herdada pelo seu avô, que teve de ser morto por virar um Vargulf. 



>Sobreviver a um ataque: Se alguém for mordido e sobreviver, ele vai dormir bastante nas próximas semanas enquanto a doença se propaga por seu corpo. Com a primeira lua cheia, a vítima vai descobrir seu novo e maléfico potencial e um incontrolável desejo de sangue (não limitado à humanos).



Vocês com certeza devem se lembrar do pobre Lawrence Talbot (The Wolfman 2010) que foi atacado pela fera em um acampamento cigano e após isso começa a ter visões e alucinações enquanto dorme por 3 semanas, e depois descobre que quem o atacou foi seu próprio pai.




>Um método discutível de se tornar um Lobisomem é ser mordido por um Lobo que decide amaldiçoar um homem, por qualquer razão. O princípio continua então como a maldição por mágica, não significando doença, mas metamorfose na primeira noite de lua cheia.


CUIDADO : ALERTA DE SPOILER 

Pra quem assistiu Late Phases deve se lembrar que o Lobisomem principal quer transformar todos os moradores do local para um único proposito que é matar Ambrose.



sábado, 21 de maio de 2016

Uma história de séculos: o pavor dos malignos lobisomens!

“Mesmo aquele de coração puro, que reza à noite as suas preces,  pode se tornar um lobo, quando o acônito floresce, à luz brilhante do luar”


Assim reza uma canção antiga que fala do risco de transformação em lobisomem. Assim como os vampiros assombravam os países do Leste Europeu durante a Idade Média, também os lobisomens perturbavam a Europa Setentrional e Ocidental na mesma época. Essas lendas podem ter tido origem a partir dos mitos dos deuses noruegueses, que alguns deles podiam se tornar lobos e ursos em dias de lua cheia. No século 16, durante a perseguição às bruxas, admitiu-se que elas poderiam se transformar em lobo para atacar as vilas e viajantes.
De acordo com os relatos da época, um lobisomem tinha características sombrias: sobrancelhas unidas, enormes garras, orelhas pontiagudas, corpo peludo e dedo polegar tão grande que fica do tamanho do dedo médio. Além, claro, do comportamento canino agressivo e selvagem. Poderia se deslocar como um humano, sobre duas patas, ou correr como um cão. Durante um ataque, primeiro cortava a garganta da vítima e depois devorava suas entranhas.

Num tempo em que a mentalidade do povo era repleta de situações sobrenaturais e após uma peste violentíssima, não é difícil de imaginar como a população ficaria assustada. O pavor de encontrar um lobisomem na sua vila era iminente.

Na Itália do século 16, acreditava-se que crescia pelos até mesmo dentro dos corpos de lobisomens. Há registros que em 1541, um suspeito foi morto e escalpelado para conferir a veracidade deste mito. Também se chegou a suspeitar que o impopular rei britânico João Sem Terra, seria um lobisomem. Uma crônica medieval narra que monges teriam ouvido terríveis uivos na sepultura do rei.

De acordo com o folclore, são muitos os processos pelos quais um homem pode se tornar um terrível lobisomem. Gervase Tillburry, um sacerdote inglês do século 14, afirma que aquele que tomar banho de riacho numa noite de lua cheia tornar-se-ia uma besta. Já no folclore italiano, uma criança poderia nascer lobisomem se fosse concebida em noite limpa de lua nova. Na França a coisa era mais simples: bastava dormir ao relento sob a luz da lua cheia em uma sexta-feira.

Na Irlanda há a história de que São Patrício amaldiçoou uma vila inteira por conta da falta de fé. Com isso, a cada sete anos todos se tornavam lobisomens e cometiam atitudes bestiais, como um devorando ao outro. Nesta parte da Europa, para se transformar num deste ser maligno bastava beber a água de um riacho que um lobo tivesse acabado de passar.

Variados também são os meios usados contra esses animais. Na França, bastava exorcizar a pessoa chamando pelo nome dela de batismo três vezes, e o de Cristo quatro vezes. Outro método indicado era extrair-lhe três gotas de seu sangue na fase animalesca e depois aplicar nesta mesma pessoa, em fase humana. Outra forma infalível era alvejar bala de prata que acabara de ser benta por um monge (parecido método também contra vampiros).

Apesar da origem nórdica, o mito do lobisomem aparece em quase todas as culturas. Depois da colonização da América, percebemos que ele chegou aos Estados Unidos e ao Brasil. Antropólogos creem que a história possa ter se originado dos relatos de pessoas com a raiva, doença atualmente praticamente extinta em seres humanos.